Programa Melhor em Casa leva atendimento humanizado a 44 pacientes de Viçosa

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Texto: Severino Carvalho

Foto: Atylla Bezerra

O Programa Melhor em Casa, que realiza atendimento domiciliar e cuidados especializados em pacientes com doenças agudas e crônicas graves, já assiste 44 pessoas em Viçosa, município do Vale do Paraíba, localizado a 86 km de Maceió. A iniciativa faz parte do Sistema Único de Saúde (SUS) e é executada com contrapartida do município.

O programa evita e reduz a permanência dos pacientes nos hospitais, garantindo acompanhamento seguro e humanizado com mais comodidade. 

“O objetivo do Melhor em Casa é a desospitalização. A gente retira o paciente que está no hospital, que já tem condição, já está mais estável, para ser tratado em casa, no conforto do lar com toda a sua família e seus cuidadores. Claro que a gente precisa dar continuidade a esses cuidados”, descreve a coordenadora do Programa Melhor em Casa, em Viçosa, Jaqueline Fernandes. 

Ela explica que o público-alvo do programa são pessoas de qualquer faixa etária que necessitem de cuidados diários para recuperação de problema agudo de saúde, seja por infecções, traumas, descompensações de doenças crônicas ou pessoas com necessidade de cuidados paliativos, como pacientes com doenças terminais. De acordo com Jaqueline Fernandes, em Viçosa, cerca de 40% dos pacientes assistidos recebem cuidados paliativos. 

No município, o programa conta com duas equipes, uma principal e outra de apoio, ofertando atendimento multidisciplinar por meio de profissionais como médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, fisioterapeuta, psicólogo e nutricionista. 

Encontro 

Sônia Vítor da Silva, 52 anos, foi diagnosticada com câncer de mama em 2021. Moradora da Rua do Palhiço, ela é uma das pacientes atendidas pelo programa. Após passar por 12 sessões de quimioterapia e uma cirurgia, Sônia se recupera bem e agora se prepara para seguir com o tratamento, desta vez por meio da radioterapia. 

Na terça-feira (26), fez questão de ir ao 2º Encontro de Cuidadores e Pacientes do Melhor em Casa e do Centro de Reabilitação Senhor Bom Jesus do Bomfim, realizado no Centro de Educação Especial Cônego José Moreira Pimentel. Sônia não poupou elogios ao Melhor em Casa que, segundo ela, lhe deu a força necessária e ofertou os cuidados necessários para vencer a doença, antes encarada como uma sentença de morte. 

“Quando o meu cabelo começou a cair, eu chorando, na fase mais difícil da minha vida, elas (profissionais do programa) chegavam e, pra mim, chegavam os anjos. Quando elas saíam eu dizia: ‘eu tenho vida e preciso viver’. E hoje estou aqui, fiz questão de vir hoje”, disse Sônia, abraçada ao marido Cícero Gama Xavier Bispo, 62. 

“Esse trabalho é maravilhoso, não tem dinheiro que pague”, afirmou Cícero, emocionado. “Só em eles acolherem minha esposa, pra mim já foi tudo. Vão na minha casa: vai a médica, vai a enfermeira, vai psicólogo, tudo! E as minhas portas estão abertas. A hora que eles chegam, são bem-vindos. É a minha família, é lindo de se ver”, confidencia ele. 

“Pra mim, o Melhor em Casa é vida, família e acolhimento. Eles me acolheram de uma forma tão bonita, que me sinto mais segura. Não tenho nota para dar ao Melhor em Casa. Pra mim é nota mil! Então, eu peço as pessoas que recebam o Melhor em Casa como se fosse da família. As que não dão valor ao programa é porque não entendem”, finaliza Sônia.

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