Monkeypox: não há motivo para pânico, mas população precisa ficar atenta às medidas de prevenção

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Texto: Severino Carvalho

Foto: Secretaria Municipal de Saúde

Diante da confirmação de um caso de Monkeypox, a Varíola dos Macacos, em Viçosa, e de outros dois sob investigação, a Secretaria Municipal de Saúde informa que todas as medidas para identificação, tratamento e acompanhamento da doença estão sendo rigorosamente adotadas pelo Município. A Coordenadora de Vigilância em Saúde e Epidemiológica, enfermeira Clarisse Carnaúba, esclarece que não há motivo para pânico, mas que a população precisa ficar atenta às medidas de prevenção.

“Não é necessário pânico, visto que a transmissibilidade dessa infeção é baixa em comparação a outras infecções, a exemplo da Covid-19. Mas sempre reforçamos que as medidas de prevenção são essenciais para evitar a disseminação da doença”, afirma Clarisse Carnaúba.

O caso confirmado de Monkeypox em Viçosa é de um paciente do sexo masculino. Segundo a Coordenadora de Vigilância em Saúde e Epidemiológica, ele tem bom estado geral de saúde, mas permanece em isolamento por continuar apresentando lesões. Permanece sob monitoramento constante da equipe de saúde, assim como as pessoas próximas a ele.

“Alertamos a população que no surgimento de lesões de forma súbita, com presença de febre, cefaleia (dor de cabeça) e astenia (fraqueza muscular) entrar em contato com a unidade de saúde da sua área de residência para ser realizada a avaliação”, recomenda Clarisse Carnaúba.

Fluxo

Ela recorda que, de maneira antecipada, Viçosa elaborou o fluxo municipal de atendimento aos casos suspeitos para Monkeypox, a fim de direcionar a tomada de decisão dos profissionais de saúde. Foi realizada, também, uma capacitação com todas as equipes para que possam identificar os casos de maneira precoce e assim tratá-los com a máxima resolutividade.

“O acompanhamento dos casos está sendo realizado pelas equipes de Estratégia de Saúde da Família e a coleta de amostras para exames laboratoriais está sob a responsabilidade da equipe do Laboratório Municipal de Viçosa”, informa.

Os dois casos suspeitos permanecem sob investigação. Os pacientes foram orientados ao isolamento, sendo monitorados pelas equipes de saúde. A Secretaria Municipal aguarda o resultado dos exames.

A enfermeira observa, ainda, que até o momento só há indicação do uso de antiviral nas formas graves da doença.

“Nas formas leves, que é a que estamos registrando, as medidas tomadas são orientação ao isolamento e monitoramento do paciente e seus contatos durante 21 dias ou até o desaparecimento completo das lesões”, pontua.

Clarisse Carnaúba alerta para os cuidados que a população deve tomar para evitar a disseminação da doença.

“Apesar de estar sendo uma doença muito estigmatizada, por ter a via sexual como a principal forma de transmissão, devemos nos atentar que a contaminação também pode ocorrer por contato direto com a lesão, por gotículas no caso de contato próximo e prolongado; através de fluidos corporais ou de utensílios de cozinha como garrafas, copos, garfos, colheres, bem como roupas de cama e banho”, cita.

“Então, orientamos a todos a evitar o compartilhamento desses itens durante seu uso; evitar a troca de parcerias sexuais, fazer uso de máscaras e realizar a lavagem das mãos”, finaliza. 

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